sexta-feira, 17 de julho de 2009
Você já conhece o Peru?...
Da terra dos filhos do Sol ao reino dos soles.
Por: Faça desse País seu Próximo Roteiro de Viagem!
O antigo Estado dos Incas – e a eterna Meca de mochileiros – brilha no circuito do turismo de luxo.
Lima não tem sol. Na capital peruana quem reina são os soles - assim mesmo, no plural — a moeda do país. O astro, no singular, já era venerado pelos indígenas quando Manco Capac, o primeiro inca, fundou, por volta de 1200,o que viria a ser o Tahuantinsuyu — o Estado dos Filhos do Sol.
Em Lima, jamais faz sol. Salvo nos meses de alto verão, o céu da cidade é sempre branco. Embora quase nunca chova.
Já o sol, a moeda, jorra por bairros como Miraflores, o coração endinheirado de Lima.
Nesse enclave, portas nada modestas abrem-se para salões com mesas finamente postas. Aqui, garçons atenciosos trazem porções de quitutes de uma gastronomia alta e singular. Os misteriosos ingredientes são estudados em Paris com tanto afinco — em especial na lendária escola de culinária Le Cordon Bleu — quanto há séculos a cultura inca vem sendo objeto de estudo nos bancos acadêmicos mundo afora.
Foi de uma grande universidade a de Yale, nos Estados Unidos —, por sinal, que veio o professor Hiram Bingham, nome eternamente ligado a Machu Picchu (foto acima). Em 1911, ele descobriu a mítica cidade perdida dos incas.
Machu Picchu, embora jamais tenha existido nos relatos dos conquistadores espanhóis, foi eleita no ano passado uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo.
Encarar os 40 quilômetros de sobe-e-desce, passando noites em barraca, carregando a mochila nas costas e se alimentando à base de sopa era um ritual indispensável para os mochileiros dos anos 70, 80 e 90.
A trilha peruana continua um clássico do mochilismo mundial — é tanta gente que o governo peruano precisou limitar o acesso diário a 500 pessoas. Mas os viajantes, podem hoje chegar a Machu Picchu sem topar com levas de turistas e sem precisar tirar a barraca do armário nem pedir, ao filho, o saco de dormir emprestado.
Há uma trilha alternativa, redescoberta recentemente e conhecida por Caminho de Salcantay.
A Trilha Inca é mais fácil e abriga mais sítios arqueológicos (afinal era um trajeto utilizado pelo rei).
Já o Caminho de Salcantay, leva a uma diversidade maior de ecossistemas. Selvas floridas e cheias de pássaros, montanhas sobrevoadas por condores, lagos azuis ou verdes (conforme a luz), picos nevados com altitude acima dos 6000 metros e até glaciares surgem diante dos olhos dos viajantes.
Vale o aviso: ela é mais longa e mais difícil que a tradicional Trilha Inca. No entanto, os cinco pernoites acontecem em aconchegantes lodges com calefação, banho quente, serviço de primeira, jacuzzi a céu aberto e uma comida deliciosa. Encontrar um lodges com jeito de hotel cinco estrelas a cada fim de dia no meio dos Andes confunde os sentidos, beira uma miragem, como uma piscina no deserto. Um brinde que não tem preço.
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