quarta-feira, 22 de julho de 2009

Parabéns, Dra. Gabriela!


Juíza de Cuiabá vai representar o Poder Judiciário junto à ONU.
Da Redação - Alline Marques
Foto: TJMT

Gabriela Albuquerque será a primeira brasileira a representar o Poder Judiciário na ONU. Pela primeira vez o Brasil terá um representante no setor de Relatoria Especial para Independência do Judiciário das Organizações das Nações Unidas (ONU) e a escolhida foi a juíza Gabriela Albuquerque, uma cuiabana pau rodado, como ela mesma descreve, em entrevista exclusiva ao site Olhar Direto.

Gabriela ficou sabendo da vaga para ONU por intermédio da Associação Internacional de Juízas Mulheres e fez a inscrição ainda em abril. O nome dela ficou na lista tríplice encaminhada para o Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra. Para sua surpresa foi a escolhida. Ela disputou a vaga com representantes da Espanha e de Cuba.

Para ser escolhida, a magistrada preencheu um formulário com informações sobre suas experiências profissionais, conhecimentos em direitos humanos e formação. Agora, ela aguarda a apreciação de seu pedido de afastamento pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso para se dedicar a magistratura internacional.

Albuquerque está lotada na Segunda Vara Civil em Sinop, mas foi colocada a disposição do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Sobre sua função junto à ONU, Gabriela diz que terá a oportunidade de lutar pela independência do judiciário em outros países e garantir assim também o bem-estar do cidadão. “A imparcialidade do judiciário é essencial para o ser humano que procura a Justiça e seus direitos. Terei a oportunidade de cooperar com as Nações Unidas no aspecto de buscar mecanismo que garanta essa independência”, relatou.

Para Albuquerque, o Poder Judiciário no Brasil tem mais liberdade e não sofre tanta influência de outros poderes, graças às prerrogativas concedidas aos magistrados. Este mesmo fato não ocorre em outros países, principalmente os com regimes ditatorial. “Eu me sinto responsável para trabalhar em prol dessa imparcialidade e pelos direitos humanos do cidadão de outros países”, explicou.

Na Relatoria Especial, Gabriela Albuquerque será responsável por receber e apurar reclamações em relação ao judiciário em qualquer país que violem suas prerrogativas, desenvolver um estudo e fazer recomendações para juízes e advogados de outros lugares do mundo.

No cargo, a juíza participará de missões oficiais pela ONU além de ter obrigações junto ao Conselho de Direitos Humanos da ONU e com Assembléia Geral, em Nova Iorque. Seu mandato começa no dia 1 de agosto e se estende por três anos.

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