domingo, 15 de junho de 2008

A hora em que necessitamos de um ombro amigo!




A diferença entre tristeza e depressão.

"A vida não é do jeito que deveria ser. É do jeito que é. O jeito que você lida com ela é que faz a diferença" (Virginia Satir).

Quando nos sentimos para baixo, tristes e angustiados, vem junto o peso e o medo de se sentir assim: medo de que esse estado de ânimo se torne permanente e tomar conta de nós. Vivemos hoje a era da proibição da tristeza . Pessoas que se sintam tristes são criticadas, rechaçadas, excluídas. Temos receio de expressar nossos sentimentos e ver nossos amigos se afastarem de nós.
O uso indiscriminado de antidepressivos criou uma geração que tem dificuldade em lidar com a tristeza. Criou-se o mito de que não podemos chorar por nossas experiências difíceis nem ter sentimentos ruins , como tristeza, raiva, medo.
Gerou-se, então, a idéia que toda e qualquer tristeza deve ser combatida, tratada, medicada. Há um clima de pouca tolerância e paciência com pessoas que estão tristes. Uma tristeza não expressada, entretanto, pode trazer muito stress e levar-nos somatizar, ou seja, a transportar nossos conflitos psíquicos para o nosso corpo, quando não nos permitimos elaborá-los e expressá-los de forma plena e consciente.
Por tudo isso, é importante saber a diferença entre tristeza e depressão. Num episódio depressivo a pessoa pode se sentir sem energia, sem interesse e sem vontade de fazer as coisas comuns da sua rotina. Também pode ter mais dificuldade de se concentrar, se sentir mais cansada e com menos apetite. Seu padrão de sono também pode mudar, levando à insônia ou então a dormir excessivamente.
Já a tristeza é um sentimento natural decorrente da perda de algo que nos é caro, seja de um relógio, um emprego, um casamento ou uma pessoa. Viver a tristeza nos permite elaborar a perda. Como qualquer sentimento, não podemos escolher sentí-lo ou não. O que está sim em nosso poder é como vamos agir em decorrência do sentimento. Podemos viver a tristeza e esgotá-la, ou podemos ignorar sua presença em nossa alma e passar para uma atividade mais produtiva, que também funciona como um desvio, algo que não nos faça dar atenção a ela.
Mas você pode estar se perguntando: que vantagem eu tenho em viver a tristeza? É horrível sofrer, e se eu posso esquecer e não sofrer, eu prefiro! .
Em primeiro lugar, ao viver a tristeza você estará se respeitando. Respeitando sua dor, sua necessidade, seu corpo e sua mente.
Em segundo lugar, o sofrimento tem um poder incrível de nos fazer crescer. É nos momentos de crise que somos mais produtivos. Quando sofremos uma perda, uma porta se fecha. Em conseqüência disso, contudo, infinitas outras se abrem. É a possibilidade da mudança e do crescimento. Nietzsche já dizia que aquilo que não nos mata nos fortalece.
Não tenha medo de se entregar à tristeza. As nossas lágrimas são como a água de um galão. Há uma quantidade a ser chorada. E isso é inevitável. Podemos escolher chorar no momento em que a dor se faz presente como uma reação a um evento desagradável, ou podemos adiar a vivência da dor.
Mas o adiamento só faz com que ela aumente, cresça e tome vida própria, podendo acabar tomando conta de nós. Este é um dos verdadeiros riscos de cair em depressão.
Texto de Cecília Zylberstajn, psicóloga pela PUC-SP, extraído do site Yahoo.Para saber mais, acesse: http://www.ceciliaz.com.br/

3 comentários:

Unknown disse...

Adorei a materia, pois diante de situações dificeis, devemos nso permitir viver todas as emoçoes e sentimentos, pois so assim ganhamos foça e nos fortalecemos
Ate porque um choro contigo, pode fazer muito mal para alma, para o coração e ate somatizar em doenças,,,,, Se estou triste, devemos permitir estar triste, se estamos alegre, devemos nos permitir tambem sentir isso

Anônimo disse...

Olá
Obrigada pela divulgação do meu trabalho.
Peço a gentileza de atualizar o site para http://www.ceciliaz.com.br
Obrigada!
Cecília Zylberstajn

Sebastiana Gaíva disse...

Olá, Cecília!...Parabéns pelo seu trabalho!...Muito orgulhosa pela sua visita!...Volte sempre!