segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

...e sobre o dragão, ninguém fala?

Texto extraído do site "Prosa e Política:

Editado por Adriana Vandoni em 9/12/2010 às 13:38 hs.
(Giulio Sanmartini)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao faltarem poucos dias do término de seu malfadado governo, não perde sua mania de repetir à exaustão, vituperando no auto-elogio, que “nuca antes na história desse país”, houve um governante melhor que ele.

Por sua vez, a presidente eleita Dilma Rousseff, repete com a mesma intensidade que receberá uma “herança bendita”.
Mais quando chega a hora de falar sobre a inflação que cada dia se mostra mais presente, ambos se calam de forma oportunista.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou novembro com variação de 0,83%, acima da taxa de 0,75% do mês anterior, e atingiu o maior patamar desde abril de 2005, quando alcançou 0,87%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (8/12).

O avanço da inflação foi motivado pelo aumento dos preços de alimentos e bebidas. O consumidor passou a pagar, em média, 10,67% a mais por 1 kg de carne, cujos preços já registram aumento da ordem de 26,79% neste ano de 2010. O item carnes teve a maior contribuição individual do mês, 0,25 ponto percentual, tomando conta de 30% do índice do mês. A carne-seca ficou 7,05% mais cara em novembro e 18,48% no ano. O frango passou a custar 3,35% a mais, registrando alta de 9,42% no ano.

Além das carnes, outros alimentos também apresentaram aumentos de preço em novembro, como o açúcar cristal (8,57%) e refinado (6,52%). Por outro lado, o feijão carioca, que havia subido 31,42% em outubro, ficou 6,64% mais barato – no entanto, o preço do quilo ainda custa quase o dobro se comparado a dezembro de 2009.

Como sempre, os mais afetados são os das classes mais baixas, cujo voto foi determinante da eleição de Dilma. Com estes números, fica difícil para Dilma receber o mesmo que Lula recebeu de Fernando Henrique Cardoso.

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