Redação 24HorasNews: A ONG 'Preserve a Amazônia' estuda a possibilidade de pedir, na Justiça, a paralisação das obras da BR-163, que liga Cuiabá a Santarém, no Pará, considerada uma das principais vias para fins de escoamento da produção e de produtores florestais para exportação. A informação foi dada pelo coordenador da entidade, Marcos Mariani, durante o seminário "Ferrovia X BR- 319: um debate necessário e urgente para o Amazonas", realizado por ONGs, com o apoio do governo do Estado do Amazonas, em Manaus.
Ele disse que a entidade começou um movimento a favor de ferrovias na região: "Vá de Trem! Preserve a Amazônia". Mariani ressaltou que estudos e estatísticas sobre o desmatamento apontam que mais de 80% da área desmatada da Amazônia, que abrange os Estados de Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia e Mato Grosso, estão a até 50 km das rodovias.
Para ele, as estradas favorecem o desmatamento, e os estudos ambientais para licenciamento de rodovias não atendem à legislação brasileira. "Há pressão política por parte das empreiteiras que atuam nessas obras" - afirmou Mariani.
Ambientalistas são contrários à reconstrução da BR-319, prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e defendem a construção de uma ferrovia entre duas cidades amazonenses: Careiro Castanho (a 80 km de Manaus) e Humaitá (a cem quilômetros de Porto Velho). Segundo o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, a ferrovia conteria 80% o desmatamento previsto para a reconstrução da BR-319.
O seminário foi convocado para discutir a reconstrução da BR-319 (Manaus-Porto Velho). O evento concluiu que a obra pode provocar o desmatamento de mais de cinco milhões de hectares de floresta na Amazônia até 2050.
As informações são do jornal O Globo.
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