domingo, 23 de março de 2008

De Guilherme Arantes: "Planeta Água"

Água que nasce na fonte serena do mundo
E que abre um profundo grotão...
Água que faz inocente riacho e deságua na corrente do ribeirão;
Águas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertão,
Águas que banham aldeias e matam a sede da população;
Águas que caem das pedras, no véu das cascatas, ronco de trovão
E depois dormem tranquilas, no leito dos lagos, no leito dos lagos.

Água dos igarapés, onde Iara, a mãe d'águaé misteriosa canção,
Água que o sol evapora, procéu vai embora, virar nuvem de algodão.
Gotas de água da chuva, alegre arco-íris sobre a plantação;
Gotas de água da chuva tão tristes, são lágrimas na inundação.
Águas que movem moinhos são as mesmas águas que encharcam o chão
E sempre voltam humildes pro fundo da terra, pro fundo da terra.
Terra, planeta água...
Terra, planeta água...

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