domingo, 6 de dezembro de 2009

O PRAZER DE IR AO TOPO!...


Escalar uma montanha de gelo exige disposição, mas a vista compensa!...
Aline Moraes

O ESFORÇO E A RECOMPENSA.
Sorridente, Roosevelt Colini enfrenta o paredão vertical antes de chegar ao cume do Pequeño Alpamayo. Ele superou seus limites. A temperatura de 15 graus célsius negativos é só o primeiro choque. Mais de 4.000 metros acima do nível do mar, respirar se torna um sacrifício. O esforço para subir verticalmente pelo paredão de gelo é colossal. Mas nenhum desses suplícios pode ser comparado à emoção de vencer cada obstáculo até chegar ao pico de uma montanha coberta de neve e gelo. Com preparo físico e treinamento adequado, escalar uma montanha na Cordilheira dos Andes não é uma gelada. Foi o que descobriu o empresário paulistano Roosevelt Colini Luz, de 42 anos. Fascinado por montanhas, ele adiou por 20 anos o projeto de escalar uma delas. Em julho deste ano, ele finalmente viajou para a Cordilheira Real, na Bolívia, em busca da grande aventura de sua vida.

O desafio de Colini, e o dos outros nove aventureiros que viajaram com ele, foi atingir os cumes Tarija e Pequeño Alpamayo, a 5.200 e 5.400 metros de altitude. Do topo é possível ver desde o Lago Titicaca até a Amazônia boliviana.

A maior parte do roteiro é destinada ao treinamento. Os viajantes passam ao menos dois dias em La Paz para se adaptar à altitude. Dores de cabeça, náuseas e cansaço são alguns dos sintomas do ar rarefeito. A dica é aproveitar para conhecer alguns pontos turísticos da Bolívia, como as ruínas de Twanako e o Lago Titicaca.Depois de cinco dias de exercícios e aulas teóricas, os viajantes acordam às 3 da manhã para o “batismo”: 14 horas seguidas de escalada, enfrentando vento gelado no rosto e escassez de oxigênio. Apesar de ser um curso para iniciantes, é preciso fazer um check-up antes e apresentar atestado médico. A experiência é fascinante. Colini quer agora subir o Aconcágua, o mais alto das Américas.

Nenhum comentário: