domingo, 6 de dezembro de 2009

AO AR LIVRE!...


Na Itália, o turista aprende a usar tintas e pincéis para fazer arte.

Anna Carolina Lementy

Alunos da Professora Tjasa Iris com suas telas e tintas na Toscana.
A Itália, berço de gênios como Da Vinci, Michelangelo e Rafael, é hoje o cenário de uma nova modalidade de turismo, voltada para quem quer aprimorar o próprio talento para a pintura. São cursos rápidos, de uma a duas semanas. Há vários destinos a escolher. A artista plástica Sima Woiler, de 70 anos, recebe turmas de brasileiros em Veneza, num ateliê que teria sido usado por Tintoretto, mestre do século XVI. “É emocionante ensinar arte nessa cidade cheia de beleza”, diz Sima.

Além das aulas de aquarela, os alunos aprendem a fazer papel. Uma das primeiras alunas de Sima foi a psicóloga Ivete Halpern, de 57 anos. Ela descobriu na belíssima arquitetura de Veneza uma fonte de motivação para suas telas. “Ao ver um quadro, imagino a entrega do pintor para concebê-lo”, afirma.

Para quem prefere ter aulas em contato com a natureza, há um roteiro pelas fazendas da Toscana. Ali, a americana Maddine Insalaco dá aulas junto com seu marido, Joe Vinson. Em 1995, ela fundou a Etruscan Places, escola que recebe turistas para aprender pintura a óleo. O pacote inclui acomodação para sete noites, café da manhã, almoço, jantar, aulas, materiais, equipamentos e transporte local. A hospedagem é simples, sem grandes luxos. As refeições são preparadas por camponeses e levam ingredientes locais – o vinho toscano está incluso no pacote. “A Itália atrai tanta gente interessada em arte porque há arte em cada esquina”, diz a eslovena Tjasa Iris. “Entrei numa igreja onde havia afrescos de Giotto e estátuas de Michelangelo. A vibração me deixou estupefata.” Tjasa oferece cursos para turistas na Toscana, na região francesa da Provença e na própria Eslovênia.

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