sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Conhecendo um pouco do Mundo Animal!...


"A última do papagaio"


por Monique Paoletti - "Zero Hora", de Porto Alegre/RS

Dentro da lei: a anilha garante o registro do animal no Ibama.
Nos anos 70, foi moda ter um simpático louro como bichinho de estimação. Com penas coloridas e capacidade de “falar”, era a diversão da criançada e a companhia da vovó. O único porém: era ilegal ter animais silvestres em casa. Hoje, os papagaios voltam a fazer sucesso nas pet shops da cidade – só a Cobasi vende uma média de 15 louros por mês – e agora com registro do Ibama. Não é um animal barato: um típico louro verde custa cerca de R$ 2.500. “Por ser uma ave monogâmica, só se reproduz se estiver ‘apaixonado’ pelo parceiro”, diz Carolina Solai, bióloga do criadouro Casa do Papagaio. Por isso, a procriação em cativeiro não é fácil e os preços são altos. Os papagaios são mesmo carentes. Passar pela gaiola e ignorá-los pode gerar um escândalo. “Como ele se afeiçoa ao seu bando, transfere esse sentimento para seus donos. Se a pessoa com que ele mais fica some, ele se deprime e pode até morrer.” Por que pagar o alto preço da loja e não as “pechinchas” das feiras clandestinas? “De cada dez papagaios retirados da natureza, apenas um sobrevive aos maus-tratos”, diz Solai. O bicho é judiado, tem penas arrancadas e é drogado para parecer manso. A ave clandestina também pode estar contaminada com psitacose, infecção respiratória transmitida pelo bicho, que pode matar uma criança. Antes de comprar seu papagaio e divertir-se ensinando-o a falar, uma dica: repetir sem parar o CD com o hino do seu time pode enlouquecer a ave. Melhor cantar o refrão junto com o louro.

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